O Ministério Público determinou o arquivamento da tentativa de homicídio do economista José Luís Neves, filho mais velho do actual Presidente da República, que foi atingido em dezembro de 2014 por vários tiros à porta da sua residência, na zona do Palmarejo, na cidade da Praia. Segundo a Procuradoria-Geral da República, apesar dos esforços empreendidos e da realização exaustiva de diligências, foi impossível reunir elementos probatórios consistentes para imputar, de forma segura e objectiva, a autoria matéria e/ou moral do crime.
Por outras palavras, as autoridades não conseguiram determinar quem tentou assassinar o filho do então Primeiro-ministro, que foi atingido por 4 disparos efectuados com pistolas calibres 7,65mm e 9 mm. Hospitalizado, José Luís Neves, que tinha 36 anos na altura dos factos, foi submetido a cirurgia no hospital Agostinho Neto e conseguiu sobreviver.
Aberta a instrução, diz a PGR em nota, foram realizadas diversas diligências investigativas, nomeadamente inspeções judiciárias, interrogatório de suspeitos, inquirição de testemunhas, buscas domiciliárias, apreensões, vigilâncias, escutas telefónicas, exames periciais, mas sem sucesso. Deste modo, a instrução do processo foi declarada encerrada no dia 2 de julho deste ano e ordenado o arquivamento dos autos.
A PGR acrescenta que os autos estão disponíveis para consulta por qualquer pessoa que revelar interesse legítimo, nos termos do Código de Processo Penal, uma vez que o processo já não se encontra sob o segredo de justiça. Salienta, entretanto, que as investigações poderão ser retomadas se surgirem novos elementos de prova que invalidem os fundamentos invocados pelo Ministério Público no despacho de arquivamento.