Foi resgatado por volta das 6h15 da manhã desta sexta-feira o corpo de uma mulher que alegadamente morreu afogada na Lajinha. Vitória Veríssimo garantiu que a vítima nada tem nada a ver com os dois indivíduos que continuam desaparecidos na sequência das fortes chuvas e que estão a partir de hoje a ser procurados, com apoio de quatro mergulhadores norte-americanos da Naval Force África em Rota, Espanha.
Esta informação foi avançada à imprensa pela porta-voz do Gabinete de Crise na habitual conferência de imprensa. De acordo com Vitória Veríssimo, os mergulhadores vieram para ajudar na fazer a patrulha, junto com a Guarda Costeira e o IMP, e trouxeram equipamentos e meios de levantamento hidrográfico. “Estes equipamentos permitem ter uma melhor visão do fundo do mar e de toda a costa e da baia”.
Paralelamente, o Gabinete de Crise vai continuar a fazer os levantamentos de risco hoje em Monte Sossego, Alto de Bomba, Trás de Cemitério e Casa Água. Já a Polícia Nacional está a fazer a sinalização das zonas de deslizamento, principalmente de terra. Vitória Veríssimo aproveitou para reforçar o apelo para que as pessoas evitem ir às praias, que receberam muitas enxurradas e lixo.
“A distribuição de água pela CMSV já foi reposta em Ribeira de Julião II, Iraque, Chã de Alecrim, Canalona, Fonte Mestre, Bela Vista, Calhau, S. Pedro e Ribeirinha, através dos reservatórios. Já em relação ao esgoto, na estação do Lazareto as máquinas ainda não estão a trabalhar, mas a ETAR já está a funcionar com as estações de Tchon d’ Holanda e Ribeira de Vinha,” detalhou, aproveitando para apelar às pessoas à evitarem deitar lixo no esgoto.
Vitória Veríssimo explicou ainda que, neste momento, estão a fazer o levantamento do comércio informal na zona da Praça Estrela e Mercado de Verdura, tendo em vista a atribuição de apoio para a retoma das atividades. Entretanto, o Mercado de Peixe está a funcionar, apenas para venda. “A PN e as FA continuam com as patrulhas noturnas, tendo em conta o registo de tentativas de roubo nos armazéns e lojas que se encontram fragilizadas ”, anunciou ainda. Já a Cruz Vermelha, afirma, aumentou a sua equipa no terreno para apoiar as pessoas, junto com a Delegacia de Saúde.
Relativamente aos mosquitos que começam a surgir devido às águas paradas, esta responsável revela que uma equipa OMS , que já se encontra em S. Vicente, para trabalhar com o Instituto de Saúde Pública e a delegacia neste sentido. “Esta equipa já tem um plano de ação e estão a trabalhar por causa das doenças que podem ser transmitidas por mosquitos, cadáveres de animais.”
De referir que, após vários dias no terreno, os militares portugueses regressam ao seu país no domingo, depois de apoiarem a Electra e a ETAR na recuperação dos equipamentos para a retoma da produção e distribuição de e bombagem do esgoto. Ainda no transporte de água de Santo Antão para S. Vicente e confecção de refeições que eram entregues nos centros de acolhimento.