Os casos de conjuntivite em São Vicente estão a ser atendidos nos Centros de Saúde espalhados pela ilha, por forma a evitar a concentração nos serviços de oftalmologia do Hospital Baptista de Sousa, informou o director clínico, que revelou ainda que, inicialmente, a urgência do hospital chegou a atender 50 pacientes por dia.
Por conta desta determinação, diz Paulo Almeida, neste momento a situação está mais tranquila no HBS. “Fizemos uma articulação com a Delegacia de Saúde e foi dado orientação aos médicos da atenção primária para atenderem estes casos. Neste momento, a maior parte dos pacientes com conjuntivite está a ser atendida nos Centros de Saúde”.
O director Clínico do HBS justifica a medida com o elevado risco, tendo em conta que a conjuntivite é muito contagiosa. “Os serviços de urgência do hospital Dr. Baptista de Sousa estão quase sempre cheios de pacientes e o risco de contaminação era muito grande. Pessoas com outras queixas poderiam sair daqui com uma conjuntivite”, alega.
Questionado sobre a falta de medicamentos para o tratamento da conjuntivite no mercado, Paulo Almeida diz não ter qualquer dado neste sentido. Mas admite que sempre que há um grande número de casos pode haver ruptura.
O surto de conjuntivite foi notificado primeiramente na Praia. Disseminou-se para o interior de Santiago e, posteriormente, para as demais ilhas. Em São Vicente, segundo este clínico, os primeiros casos foram relatados em finais de Setembro. “Tivemos um pico no hospital nas primeiras semanas de outubro, mas agora está mais tranquilo”.
Neste caso em particular, afirma, a propagação é muito rápida por ser uma conjuntivite viral, altamente contagiosa. Pode ser transmitida por contacto directo, pelo ar e também por meio de espirros e tosse.
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