Casa da Sopa reabre as portas com nova coordenadora, cozinheira e um monitor

A Casa da Sopa, no Mercado de Monte Sossego, reabriu as portas, tendo como coordenador Aníbal Santos, um monitor e uma nova cozinheira. Nesta fase, a instituição funciona apenas com recursos assegurados pelos membros da Associação de Solidariedade Aos que Sobrevivem (AAQS) e por alguns parceiros privados e anónimos e oferece uma única refeição aos beneficiários.

O anúncio foi feito esta segunda-feira, em conferência de imprensa, pelo presidente Carlos Alberto Espírito Santo, que garantiu ainda que as desavenças entre os membros da associação, que ditaram o fecho das portas da Casa da Sopa há cerca de um mês, estão ultrapassadas. “Houve um ruído resultante da discordância do modelo de gestão da casa, que vinha sendo levado a cabo. Mas este já foi ultrapassado. Assumi a direcção da instituição, que fundei. E reabrimos as portas”,  afirmou. 

Carlos Alberto explicou que Casa da Sopa está a funcionar no seu horário normal e se prepara para apresentar uma nova proposta de colaboração ao Governo, através do Ministério da Família e Inclusão Social. Enquanto isso vai continuar a trabalhar a favor dos mais vulneráveis. “Uma palavra de gratidão aos membros e pessoas amigas que, durante estes anos, nos vêm ajudando nesta causa nobre”, frisou, destacando o recrutamento de um novo coordenador, um monitor e uma cozinheira. 

Beneficiários recebem refeições quentes na Casa da Sopa

Relativamente ao conflito com a anterior coordenadora da Casa da Sopa e vice-presidente desta associação de solidariedade, o presidente alegou que o processo está a decorrer de forma tranquila, tendo esta entregue todas as pastas. Deixou, no entanto, claro que Luísa Helena já não faz parte da associação, que ajudou a fundar e onde trabalhou durante uma década. “Desde a primeira hora deixei claro que não pretendo levar o caso a tribunal, tendo em conta sobretudo o trabalho feito pela coordenadora. Accionei uma advogada apenas para mediar o diálogo entre as partes.”

Diariamente, segundo Carlos Alberto, a Casa da Sopa atende entre 45/50 pessoas, oferecendo uma refeição quente às 12 horas. “Estamos a contar neste momento apenas com os nossos recursos, tendo em conta que o contrato-programa com o Governo, através do Ministério da Família e Inclusão Social, expirou em dezembro. Temos cerca de 30 mil escudos mensais, e contamos com parcerias da Moave, Frescomar, Fama e muitas pessoas anónimas que são membros da nossa associação.”

A Associação de Solidariedade Aos que Sobrevivem tem também alguns membros no Luxemburgo, que colaboram para manter este projecto. Mensalmente enviam 20 mil escudos para Cabo Verde. 

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