O Banco Alimentar em São Vicente tem até o dia 23 para formar as 160 cestas básicas que devem ser entregues às famílias sinalizadas pelo organismo. Neste momento há apenas peixe doado pela empresa de conserva Frescomar, mas faltam açúcar, arroz, feijão, óleo, entre outros elementos essenciais que compõem as cestas básicas.
“A doação feita pela Frescomar chega para todos os beneficiários e ainda recebemos um valor equivalente a dez caixas de frango, mas só cinquenta famílias poderão receber este apoio. Recebemos de um parceiro arroz, batata, alho, cebola, mas a quantidade é insuficiente para cobrir toda a necessidade”, expõe a delegada da OMCV.
Apesar de ter sido um ano retratado pela Organização das Mulheres de Cabo Verde como sendo de muita solidariedade, em que muitas empresas e particulares se disponibilizaram a ajudar, foi também um período em que a estrutura foi colocada à prova, segundo representante do Banco Alimentar no Mindelo. Isto por ter aparecido mais pessoas a pedir apoio, além de que os sinalizados precisaram de uma ajuda reforçada. “Este ano entregamos mais cestas básicas do que o costume pelos inúmeros pedidos de apoio e ainda reforçamos as cestas com mais produtos”, garante Fátima Balbina, delegada da OMCV em S. Vicente.
Nesta altura que considera de agradecimento aos parceiros, essa fonte volta a pedir o engajamento destes para que juntos possam superar o desafio de conseguir mais uma vez auxiliar as 160 famílias necessitadas. Balbina está convencida de que a Câmara Municipal irá ajudar com alimentos, como faz todos anos, mas pede o engajamento dos populares, das empresas, instituições e da comunicação social. Do grupo de empresas que costumam estar na linha da frente, “destaca” a Moave, Bento, SA, Eloy Neves, Vasconcelos Lopes, Prolar para que respondam ao pedido da organização.
A Fundação Dona Ana é quem gere a estrutura do Banco Alimentar em Cabo Verde, a delegação em São Vicente foi instalada desde finais de 2016 e costuma fazer campanhas de seis em seis meses. No entanto, a cada dois meses um número considerável de famílias recebe apoio em alimento diversificado e a lista de beneficiários mediante é actualizada.
Esta é a segunda campanha neste tempo de pandemia sem a presença de voluntários à porta dos estabelecimentos comerciais. Este facto representa mais um desafio pois os voluntários são “a espinha dorsal” da iniciativa.
A doação de brinquedos este ano também não foi como nos anteriores, por isso a OMCV poderá sentir dificuldades em entregar prendas a crianças de famílias desfavorecidas. De acordo com a delegada da OMCV, todos os anos abundavam brinquedos novos e usados que costumavam chegar à sede da instituição na Pracinha Dr Regala, mas agora escasseiam supostamente por causa da pandemia.
Sidneia Newton