Autoridades iniciaram investigação às causas do afundamento do navio Nhô Padre Benjamim

O afundamento do navio Nhô Padre Benjamim começou a ser investigado pelas autoridades marítimas (IMP e IPIAAM), que já enviaram técnicos para a ilha de S. Nicolau, onde vão apurar dados e ouvir os tripulantes e o comandante da embarcação. Os dados até agora revelados indicam que o barco estava a transportar brita e maquinaria pesada, mas com um peso abaixo da sua capacidade, e começou a meter água na popa. Apesar dos esforços, a tripulação não conseguiu evitar o pior.

Segundo o capitão Baltasar Fonseca, os tripulantes fizeram de tudo para evitar o naufrágio, inclusive a bombagem de água, mas os esforços foram em vão. Acrescenta que tentaram desviar a rota para Preguiça no intuito de impedir o pior, mas não tiveram tempo. “Não foi possível dar combate à entrada de água a tempo”, revela, em declarações à imprensa em S. Nicolau.

O navio, segundo o capitão, estava com a popa um pouco baixo devido ao peso da carga. Além disso, o mar estava um pouco agitado, tendo as vagas atingido a parte traseira da embarcação. “Não conseguimos tomar conhecimento a tempo da situação porque o pessoal estava a trabalhar no porão”, explica esse responsável pelo navio, para quem o mais importante foi a salvaguarda da vida humana.

O barco, conforme dados revelados ontem pelo presidente do Instituto Marítimo e Portuário, transportava um peso que, segundo Seidi Santos, não era significativo para a sua capacidade. Essa unidade, acrescenta, tinha todos os documentos em dia e chegou a ser alvo de uma profunda intervenção na doca de Dacar, no Senegal. Em princípio, disse o PCA do IMP, o navio encontrava-se em bom estado.

As autoridades vão agora abrir uma averiguação para apurar as causas do acidente, que teve apenas prejuízos materiais. Todos os 19 tripulantes e um passageiro foram salvos com a ajuda de pescadores da ilha de S. Nicolau.

Sair da versão mobile