Autor da morte do cabo-verdiano Ademir Moreno condenado a 7 anos de prisão em Portugal

O jovem responsável pela morte do emigrante cabo-verdiano Ademir Moreno, 50 anos de idade, foi ontem condenado a 7 anos e 10 meses de prisão pelo Tribunal Judicial de Angra do Heroismo, nos Açores. Acusado ainda de negar auxílio à vítima, o arguido, cujo nome este jornal não conseguiu apurar, foi condenado a pagar uma indemnização à esposa e filha do malogrado no valor de 180 e 195 mil euros, respectivamente.

O caso ocorreu em março de 2024 nas proximidades de uma discoteca e, conforme a imprensa lusa, o coletivo de juízes considerou que não ficou provada a acusação de “ódio racial”, que constava do processo instaurado pelo Ministério Público. Os magistrados concluiram que a agressão resultou apenas do facto de a vítima mortal ter interferido numa briga entre mulheres. Porém, a acusação discordou dessa interpretação sobre o motivo do crime.

Nascido na ilha de Santiago, Ademir Moreno foi agredido com um soco, bateu com a cabeça no chão e eficou inanimado. Sofreu um hematoma crianiano e acabou por falecer no Hospital da Horta, para onde foi transportado. Em resposta, a associação SOS Racismo realizou uma manifestação antirracista junto aos Paços do Concelho.

O arguido, um jovem de 24 anos, estava em prisão domiciliária, mas o juiz decidiu alterar a medida de coação para termo de identidade e residência, alegando que não existia perigo de fuga, nem perigo de ocorrer outra atividade criminosa, e que toda a prova já tinha sido produzida. 

C/CNN.pt, Noticiasaominuto.com e Observador.pt

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