Arguido do acidente fatal na ilha do Sal em prisão preventiva 

O Tribunal do Sal aplicou prisão preventiva ao indivíduo acusado de um crime de homicídio simples, omissão de auxílio, condução perigosa e transporte e condução sem habilitação. O arguido, que há um mês foi julgado condenado por condução sem habilitação, esteve envolvido no acidente na Espargos/Santa Maria, que resultou na morte do taxista Jair David. 

De acordo com um comunicado da Procuradoria-Geral da República, no dia 25 de setembro, no trajeto Espargos/Santa Maria, mais concretamente após a rotunda da Presidência, ocorreu um acidente de viação envolvendo duas viaturas, do qual resultou uma vítima mortal. 

Tendo em conta a frequência com que, naquela estrada, têm ocorrido acidentes rodoviários com consequências fatais, e por entender que não se está perante um simples acidente, tanto mais que o arguido havia sido julgado e condenado, há um mês, pela prática do crime de condução sem habilitação, embora a sentença ainda não tenha transitando em julgado, foram realizadas diligências que culminaram na detenção, fora de flagrante delito, do presumível autor, informa a PGR.

Em causa, diz, estão factos suscetíveis de integrarem a prática dos crimes de homicídio simples, como dolo eventual, omissão de auxílio, condução perigosa de transporte e sem habilitação. “Submetido ao primeiro interrogatório judicial de arguido detido e em conformidade com o requerimento do Ministério Público, foi aplicado ao arguido a medida de coação prisão preventiva,” assegura, acrescentando que o processo continua em investigação e permanece em segredo de justiça.  

No entanto, este comunicado da PGR, que poderia ser visto como um encerramento, acabou por revoltar os familiares do malogrado. Alegam que se a justiça em Cabo Verde fosse célere, não estariam a chorar pela perda prematura do seu ente querido, que deixa uma filha órfã. “Este comunicado só veio confirmar que a justiça cabo-verdiana é mesmo um circo”, desabou um familiar.  

Amadeu Oliveira já tinha dito alto e em bom som que estamos perante uma porca miséria da justiça”, acrescentou, enquanto outro limita a apelar para que seja feita justiça. 

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