A Associação Regional de Desporto Adaptado de São Vicente está desapontada com a demora da Câmara Municipal em despachar um pedido de terreno solicitado há mais de um ano para construir sede própria. É que, devido a este atraso sem razão aparente, a ARDA acabou por ver um apoio robusto para a legalização e construção do alicerce ser desviado para uma outra instituição de cariz social.
Em declarações ao Mindelinsite, o presidente desta associação explicou que há mais de um ano, precisamente em maio de 2023, deu entrada na CMSV a um pedido de terreno para a construção da sede da ARDA. Entregou todos os documentos solicitados e, desde então, nunca teve resposta.
“Estou há quase um ano a tentar obter alguma resposta. Cada vez que vou à CMSV sou direcionado para um serviço diferente. Fui inclusive, recentemente, aconselhado a marcar uma audiência com a directora do gabinete técnico, depois de no ano passado, mais precisamente no dia 13 de dezembro, ter sido recebido por uma comissão constituída pelo Presidente da CMSV, o vereador de urbanismo, a directora do gabinete técnico e um engenheiro”, detalha Helder Pio.
A tristeza deste líder associativo é maior porque, explica, tinha garantido um apoio robusto de um emigrante para a compra e legalização do terreno e ainda para erguer os alicerces da sede da ARDA, que foi desviado para uma outra associação. “Um emigrante nos prometeu 500 contos, mas acabamos de o perder. O montante foi desviado para uma outra instituição, tudo por causa desta demora. É que não temos certeza sequer se vamos ser contemplados com um lote.”
Insatisfeito, Helder Pio afirma que a postura da CMSV tem sistematicamente penalizado a ARDA, citando a recusa aos vários pedidos de apoio para participar em provas regionais ou nacionais, ou mesmo para aquisição de troféus. “Infelizmente, nunca tivemos sorte com esta Câmara. Todos os nossos pedidos são ignorados. Mas agora o golpe foi maior porque perdemos um apoio que tinha sido difícil de conseguir. Mas não vamos desistir de cumprir as metas estabelecidas”, acrescenta.
O presidente da ARDA acredita que, se conseguir erguer os alicerces, será mais fácil obter mais apoios ou financiamentos, que vão possibilitar a concretização do sonho de terem uma sede própria.