Uma aluna recém-licenciada da Universidade Lusófona em S. Vicente acusa esta instituição de ensino superior de negar-lhe o seu certificado por falta de avaliação de um professor. Esta situação, diz, impede que se candidate para a Ordem dos Advogados de Cabo Verde e participe de algum concurso, caso apareça.
A estudante, que prefere o anonimato, assegura não ter dívidas para com a ULCV e nem disciplinas em atraso. No entanto, apesar das sucessivas insistências, não lhe atribuíram o certificado pelo qual inclusive já até pagou. “Disseram-me que um dos nossos professores não atribuíu a avaliação aos alunos e, por isso, não podem me entregar o certificado. Sugeriram-me procurar o professor para pedir-lhe a minha nota”, expõe aluna, que se mostra agastada com a situação.
Acrescenta sentir-se frustrada, uma vez que sente que a instituição não respeita os estudantes e nem os pais que bancam, com sacrifícios, as formações. “Muitos estudantes da UL vieram das outras ilhas e passam por imensas dificuldades para completarem os quatro anos de formação. No meu caso, disseram-me que devo esperar. Pergunto-lhes se esperavam por mim para pagar a propina durante o período lectivo?”, desabafa.
Na mesma condição, afirma a aluna, encontram-se outros discentes que já concluíram o curso ou que concluem a sua licenciatura este ano.
O professor em questão, o jurista Armindo Gomes, jurista, explicou ao Mindelinsite não ter nenhum problema em atribuir as nota aos alunos, desde que a universidade assuma seus compromissos para com os docentes. Este relata que, desde o ano passado, luta pelo seu direito de receber o seu salário, pela prestação de serviços naquela instituição, tal como estipulado no contrato assinado entre as partes. Porém, o problema que antes afetava só a classe docente agora respinga agora nos estudantes.
O Mindelinsite tentou um contacto com o reitor, que se encontrava em São Vicente, ou algum outro responsável da UL, mas até ainda sem sucesso.
Sidneia Newton
