A UCID vai apresentar uma queixa na Comissão Nacional de Eleições e uma reclamação junto da Comissão Nacional de Proteção de Dados contra a candidatura do MpD à CMSV, que acusa de andar a usar os cadernos eleitorais para intimidar pessoas que não votaram no escrutínio de 2016. Segundo João Santos Luís, o seu partido tem provas dessa situação, que considera um crime eleitoral, por isso vai agir em conformidade.
“Constatamos in loco o uso de dados pessoais de forma ilegal e abusiva por parte de Augusto Neves, que tem andado de porta em porta amedrontando pessoas que não votaram para irem votar. Augusto tem dito às pessoas que se não forem votar não serão atendidas na Câmara de S. Vicente. Na nossa opinião essa atitude configura-se um crime eleitoral e mostra o desespero da candidatura de Augusto Neves”, frisa o vice-presidente dos democratas-cristãos, que prometeu enviar uma nota à Comissão Nacional de Proteção de Dados ainda esta manhã a exigir a intervenção imediata desse organismo. Além disso prometeu que será apresentada uma queixa na CNE contra esse alegado comportamento da equipa liderada por Augusto Neves.
Aproveitando a conferência de imprensa, a UCID criticou também a participação activa de membros do governo e do presidente da Assembleia Nacional nas campanhas de candidatos do MpD nalguns concelhos. Como enfatiza João Luis, o artigo 97 do Código Eleitoral exige neutralidade e imparcialidade das entidades públicas e administrativas, mas o que se verifica é uma “pouca vergonha” de ministros e do próprio Chefe do Governo nas campanhas. “Fazemos esta denúncia porque é inadmissível que o Presidente da Assembleia Nacional esteja envolvido nas campanhas eleitorais, não é esta a sua função. É também inadmissível que a ministra da Justiça faça campanha a favor do candidato do MpD no Sal e que um ministro do Estado se envolva na campanha de um candidato do MpD no concelho do Tarrafal de Santiago”, elenca esse membro da direção da UCID.
Este jornal tentou fazer o contraditório junto da candidatura do MpD em S. Vicente, mas não conseguiu falar com o candidato à CMSV, que não se encontrava na sede de campanha na altura. Assim sendo, este jornal mostrou-se aberto a publicar a resposta do MpD na devida altura, caso seja do interesse deste partido.
