Sinapol dá posse a dirigentes em S. Vicente e assina protocolo com clube Amarante

A direção do Sinapol deu posse em S. Vicente aos membros locais do Sindicato Nacional da Polícia recém-eleitos e assinou um protocolo com o Amarante para reduzir as despesas de alojamento dos associados na residencial deste clube desportivo na cidade do Mindelo. Este acordo, segundo o presidente Rufino Lima, segue a mesma lógica de outro com o hotel Roterdam na Praia para facilitar a estadia dos policiais nos dois principais centros urbanos de Cabo Verde. No entanto, no caso de S. Vicente, diz, o protocolo traz outros benefícios, nomeadamente a disponibilidade do Amarante em ceder as suas estruturas para acolher eventos realizados pela Sinapol como reuniões, jantares, etc.

 “O Sinapol quer criar parcerias com vários serviços e instituições de modo a que os nossos associados possam beneficiar de outras formas das quotas pagas. Não queremos que a intervenção do sindicato seja circunscrita à defesa dos direitos laborais”, enfatiza Rufino Lima. Adianta que, com base nos protocolos rubricados com Amarante e Roterdam, o sindicato assume 1/3 dos custos, durante o período de cinco dias. Se a estadia ultrapassar este tempo, o policial arca na totalidade os custos adicionais.

Com a entrada de 2025, a direção do referido sindicato traçou outras ações no seu plano como deslocação a alguns concelhos para contactos directos com os sócios e continuar a batalha pela atribuição dos subsídios de risco e de turno aos agentes da PN. “Outro item a trabalhar é a parte da proteção a ser concedida aos polícias com mais de 50 anos de idade. Quem trabalha desde os 21 anos já deu muito de si. A PN é uma instituição relativamente jovem, que recebe em média 100 novos elementos por ano, pelo que tem condições para amainar a carga horária do pessoal que já atingiu os 50 anos de idade”, considera o citado dirigente sindical.

Rufino Lima relembra que os profissionais com essa idade têm a prerrogativa de solicitar a pré-reforma, mas enfatiza que esse procedimento não é tácito. “Por isso somos de opinião que, quando isto não acontece, esses policiais devem trabalhar no máximo até as 22 horas, amenizando deste modo a carga horária”, considera o sindicalista, que gostaria de ver este aspecto na lei para que não seja aplicado com base no grau de amizade entre o comandante local e o agente.

Neste momento, o Sinapol tem inscrito cerca de 900 sócios, que equivalem a quase metade do contingente da PN em C. Verde. Segundo Rufino Lima, houve uma estagnação na adesão dos agentes motivada por alguns factores, mas assegura que a sua gestão quer trabalhar para aumentar a lista de sócios. Entretanto, deixa claro que o sindicato irá sempre defender o comprometimento com a causa da ordem pública. “Queremos passar sempre esta mensagem, para que os agentes tenham o máximo de profissionalismo e coloquem a segurança das comunidades como a prioridade”, sublinha Lima, deixando claro que o Sinapol quer discutir os direitos dos associados, mas tendo sempre na mira o compromisso da Polícia Nacional com a segurança e ordem pública.

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