Chuvas torrenciais provocam mais de 320 mortes no Paquistão e há previsão de mais tempestade

Mais de 320 pessoas morreram devido à monção invulgarmente intensa que atingiu o norte do Paquistão nos últimos dias, noticia o diário Dn.pt. O jornal acrescenta que as autoridades admitem o aumento do número de vítimas dada a queda de mais chuva. 

Só na região montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa já foram confirmadas 321 mortes, de acordo com a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres. A maioria das vítimas foi arrastada por inundações repentinas, morreu no desabamento das suas casas, foi eletrocutada ou atingida por raio. 

Mais de 2.000 socorristas continuam a procurar corpos soterrados na referida área, que faz fronteira com o Afeganistão. “Fortes chuvas, deslizamentos de terra e estradas bloqueadas impedem o acesso de ambulâncias e as equipes de resgate têm que viajar a pé”, disse à agência France-Presse (AFP) Bilal Ahmed Faizi, porta-voz dos serviços de resgate da província.

Os serviços de resgate estão a tentar retirar os sobreviventes, mas muito poucos concordam em sair porque perderam entes queridos que estão ainda presos nos escombros. Foram também registados 12 mortos em Gilgit-Baltistão e mais 11 na Caxemira paquistanesa, segundo a Geo TV, citada pela agência de notícias espanhola Europa Press. O primeiro-ministro Shehbaz Sharif prometeu ajuda urgente às zonas afetadas, nomeadamente através de assistência médica e do envio de maquinaria pesada.

O Paquistão é um dos países mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas. Os 255 milhões de paquistaneses já sofreram nos últimos anos inundações maciças e mortíferas, rebentamentos de lagos glaciais e secas inéditas — fenómenos que, segundo os cientistas, tenderão a multiplicar-se sob a influência das alterações climáticas.

As autoridades alertam que as chuvas vão intensificar-se ainda mais nas próximas duas semanas.

C/Dn.pt

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