Roma honra Amílcar Cabral com espaço público dedicado

No âmbito do 50° Aniversario da Independência de Cabo Verde, a Assembleia capitolina de Roma aprova a moção para atribuir um espaço público a Amílcar Cabral.

Por: Maria de Lourdes Jesus

A proposta do espaço publico dedicado a Cabral foi avançada, no ano passado, pelo presidente do 8° Município de Roma, Amedeo Ciaccheri, na ocasião da comemoração do 50° aniversario do seu assassinato. A proposta foi aprovada nesse mesmo Município com o partido democrático
(PD) e enviada à Assembleia Capitolina de Roma.

A seguir a intervenção da deputada de (PD) Antonella Melito:

Hoje, dia 7 de janeiro. – A Câmara Giulio Cesare aprovou a moção, que convida o Presidente da Câmara e a Câmara a dedicarem à memória de Amílcar um local, uma rua, uma praça ou um parque da cidade de Roma Capital a Amílcar Cabral, figura emblemática na luta pela liberdade e independência dos povos da Guiné-Bissau e Cabo Verde.

Amílcar Cabral foi um dos líderes mais carismáticos e inovadores do movimento de libertação das ex-colónias portuguesas, em particular da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. Cabral dedicou a sua vida à luta contra o colonialismo, unindo as diferentes comunidades étnicas e sociais numa ação comum para independência.

A moção destaca a contribuição cultural e política de Cabral, descrito pelo pedagogo Paulo Freire como um ‘pedagogo da revolução’, e a sua capacidade de vincular o processo de libertação à valorização da
cultura e da alfabetização como ferramentas fundamentais de emancipação.

A Assembleia Capitolina pediu hoje que seja identificado um espaço adequado que represente os valores encarnados por Amílcar Cabral e que sejam planeadas novas iniciativas para valorizar a sua figura, reafirmando o compromisso de Roma Capital com os princípios da liberdade, independência e democracia”,.Roma Capitale reafirma assim o seu compromisso com os direitos e a justiça social, concluiu a deputada, Antonella Melito.

Com a aprovação da moção que atribui a Cabral um espaço publico, o seu nome “permanece definitivamente ligado à cidade de Roma que acolheu em 1970 a histórica Conferência de Solidariedade com os povos das colónias portuguesas na qual o seu desempenho, incluindo na audiência concedida por Sua Santidade o Papa Paulo VI aos dirigentes da luta de libertação, foi determinante para o protagonismo que a capital italiana assumiu no panorama global da luta anti-colonial nos anos 70”.

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