PAUL

Tive o privilégio de nascer num dos lugares mais lindos do mundo – Paul – ribeiras que inspiraram Januário Leite e apaixonam os insensíveis …com muita pena, o assunto diverge desta introdução chamativa…

Por: João Delgado da Cruz

É assim; no meu bilhete de identidade consta SANTO ANTÓNIO DAS POMBAS * PAÚL, com acento agudo. Mas, em Paul o acento não deve ser marcado. Tem uma ressonância não acentuada graficamente, o que o torna mais lindo ainda.

A perceção distintiva das sílabas provém da dosagem de algumas qualidades físicas que caracterizam os sons que produzimos: a intensidade, o tom, o timbre e a quantidade.

Separo-as aqui por uma questão metodológica, mas estão intimamente ligadas. Quando o tom, a intensidade e a quantidade predominam, recebe o nome de acento tónico.

A Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra, diz que “Assinalam-se com acento agudo os vocábulos oxítonos (acento tónico na última sílaba) que terminam em “A” aberto, “E” e “O” semi-fechados, seguidos, ou não, de “S”.

Chama depois a atenção para a não colocação  do acento agudo no “I” e “U” quando precedidos de vogal que com ele não forma ditongo. Normalmente, são seguidos de “L”, “M”, “N”, “R” ou “Z”.

É o caso de PAUL. Como o “U” não forma ditongo com o “A”, o vocábulo não é  acentuado graficamente.

Portanto, PAUL é lindo SEM ACENTO GRÁFICO.

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