Por: Rony Wahnon*
A política, em sua essência, é o espelho da sociedade. No entanto, a persistência de estruturas engessadas e a dominação de vozes tradicionais frequentemente afastam a juventude deste cenário. É imperativo que os jovens ocupem espaços na política, não apenas como expectadores, mas como agentes transformadores. Neste contexto, o empreendedorismo desponta como uma poderosa ferramenta para fomentar inovação, protagonismo e soluções dinâmicas na esfera política.
O empreendedorismo juvenil não se restringe à criação de startups ou à inovação tecnológica. Ele também está presente no modo como jovens líderes podem transformar o panorama político ao aplicar ideias criativas e práticas colaborativas para superar desafios sociais. Os jovens, conectados e engajados com questões como sustentabilidade, inclusão e justiça social, têm muito a contribuir com um olhar renovado e ideias disruptivas.
Um dos grandes entraves à inserção da juventude na política é o estigma de que os jovens carecem de experiência. Contudo, essa visão subestima a capacidade de aprendizado rápido e a habilidade de adaptação características dessa geração. Jovens empreendedores já demonstraram competência em liderar grandes transformações em diferentes setores; por que não o mesmo na política?
A participação jovem em movimentos sociais e organizações não-governamentais é um exemplo claro de como o espírito empreendedor pode impactar positivamente o ambiente político. Estes grupos frequentemente liderados por jovens conseguem mobilizar comunidades, engajar milhões de pessoas em causas urgentes e pressionar governos por mudanças efetivas.
Além disso, a tecnologia é uma grande aliada nesse processo. A juventude não apenas domina as ferramentas digitais, mas também as utiliza de forma estratégica para influenciar a opinião pública, criar redes de apoio e promover campanhas de conscientização. Este potencial de inovação pode revitalizar os sistemas democráticos, tornando-os mais inclusivos e participativos.
Porém, é necessário mais do que vontade e boas ideias. A educação política deve ser fortalecida para capacitar jovens a compreenderem as complexidades da administração pública, do processo legislativo e das dinâmicas institucionais. Além disso, é fundamental que existam mecanismos de apoio, como financiamentos para campanhas e mentorias, que permitam aos jovens competirem em pé de igualdade com veteranos da política.
Ao valorizar a juventude como protagonista do futuro político, não estamos apenas promovendo renovação; estamos também construindo uma sociedade que reflete as aspirações e demandas das novas gerações. O empreendedorismo político jovem não é apenas uma opção, mas uma necessidade para garantir a dinâmica e a relevância da democracia nos próximos anos.
A juventude não é apenas o futuro, ela é o presente que está pronto para transformar a realidade!
*Deputado Municipal de São Vicente