Trata-se de uma das mais eminentes personalidades cabo-verdianas e africanas dos séculos XX e XXI. Combatente contra o fascismo e o colonialismo em áfrica, e da liberdade das pátrias cabo-verdiana e bissau-guineense (1961-1974), negociador da nossa independência (1974), Primeiro-Ministro (1975-1991), Presidente da República (2001-2011) de Cabo Verde, Prémio Mo Ibrahim de Boa Governação (2011)…
Por: Démis Lobo Almeida
O Comandante Pedro Pires foi o grande arquiteto da construção, a partir de (quase) nada, do Estado de Cabo Verde independente, optando por uma vibrante aposta na educação, na saúde, nas políticas sociais, no ambiente e na infraestruturação do país. A propósito referiu: “um país impossível que viabilizamos”. A abertura económica e política, e a transição para a democracia tiveram também a sua decisiva contribuição.
Inspirado pelo ditado africano segundo o qual «enquanto o leão [nós, africanos] não tiver o seu historiador, a glória vai para o caçador [(neo)colonialista]», o Comandante Pedro Pires tem feito um esforço ingente no sentido de contar a nossa história, desde uma perspetiva africana, afastando a (neo)colonial. A respeito, afirmou: «Estou a tentar ver se o leão arranja o seu historiador e faz a narrativa das suas vitórias».
Para mim, o comandante Pedro Pires é um foral de luz puríssima, uma fonte de inspiração, para que consiga manter sempre viva a chama da esperança no progresso de Cabo Verde, de África e da Humanidade.
Muitos parabéns ao nosso querido Comandante Pedro Pires! Que venham muitos mais anos, com boa saúde, a costumada lucidez e muitas alegrias, ao lado da sua família, familiares e amigos!