A “eterna” saga da bruma-seca e o cancelamento de voos para o aeroporto de S. Vicente

Uma vez mais vamos ter o desprazer de uma época festiva prenhe de desvios para a capital e demais mazelas nas operações dos transportes aéreos no AICE...

Aos 18 dias do mês de dezembro do ano de 2023, século XXI, São Vicente dito de Cabo Verde…

Uma vez mais vamos ter o desprazer de uma época festiva prenhe de desvios para a capital e demais mazelas nas operações dos transportes aéreos no AICE por conta de fenómenos meteorológicos normais, previsíveis e por demais recorrentes. O que não é normal, não era previsível, mas tem sido recorrente a todos os governos deste país é a incapacidade das Autoridades Nacionais em equipar este aeroporto como os demais para que as nossas gentes e visitantes não tenham que sofrer os constrangimentos físicos e mentais e o gasto financeiro imprevisto que representam estes desvios de última hora para outro destino, precisamente na hora da chegada e após uma longa viagem (muitos passageiros vêm sem ter dormido na véspera como é sabido) no momento em que aquilo que mais se almeja é um bom repouso no hotel da sua escolha, para uns, e abraçar os entes queridos que estão à espera, para os outros.

E dizer que em 2017, se não estou em erro, o Governo anunciou que finalmente estava em curso a instalação no AICE dos equipamentos ad hoc.

E se coloca de forma premente a outra questão: uma vez desviados de São Vicente, e representando, portanto, um excedente de passageiros na (des)mobilidade aérea interna como irão chegar aqui? Se for por conta do recado que a BestFly não consegue dar (é um pleonasmo), passarão o Natal a ver os passarinhos sobrevoarem e se pousarem na pista do Nelson Mandela! Ou será desta que o Governo assumirá a total falta de resposta existente por parte da operadora monopolista atual e se resolverá a colocar a TACV a assegurar de facto aquilo que é um direito fundamental dos cidadãos desta ilhas periféricas (sic)?!!

E assim se vai “construindo” o destino turístico da Região Noroeste entre workshops, summits e demais anúncios em como “vamos fazer”, sob o silêncio cúmplice de Autoridades Locais coniventes…

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