Um grupo de dez sócios do Grémio Sportivo Castilho pondera recorrer à Justiça e imputar todas as decisões tomadas na Assembleia Geral realizada no dia 19 de Dezembro, alegadamente por não concordaram com aquilo que apelidam de “farsa urdida” nesta reunião magna do clube. Estes aproveitam para pedir, em nome do Castilho, desculpas aos jogadores pela forma anti-desportiva como foram tratados.
Ao que o Mindelinsite conseguiu apurar, esta celeuma resulta do facto de, horas antes do inicio da AG, o então presidente cessante, Francisco “Chiquinho” Santos, ter constituído os jogadores em sócio, sem dar conhecimento aos demais dirigentes e associados do clube. “Do nada, o presidente decidiu constituir os 27 jogadores da equipa em sócios. Esta decisão causar mal-estar, sobretudo entre os antigos dirigentes e sócios. Inclusive cerca de uma dezena decidiu abandonar a sala e impugnar a AG”, confirmou Joaquim Xavier, numa breve conversa com este online.
Foi ele que, aliás, trouxe este assunto a lume ao publicar um desabafo na sua pagina nas redes sociais. “Os sócios do Grémio Sportivo Castilho, não coniventes com a farsa urdida na Assembleia Geral de 19, recorrem à Justiça e impugnam as Decisões tomadas na mesma. Querem, ainda, pedir, pelo bom nome do Clube, desculpas aos estimados jogadores/atletas pela forma, anti-desportista, como foram tratados.”
“Quim” deixa claro que os sócios não são contra a constituição de jogadores em sócios, desde que se cumpra o previsto no Estatuto do Castilho. “Não se cumpriu aquilo que está estipulado no Estatuto. O assunto foi levado ao conhecimento de um advogado que garantiu que este tem pernas para andar”, acrescenta.
De referir que, apesar dos sócios terem abandonado a reunião magna, a AG prosseguiu, tendo sido tomadas decisões, que agora estes querem impugnar. “Estes sócios entendem que esta AG foi ilegal e vão avançar com a impugnação da mesma. Sairam da sala porque não concordavam com a forma como as coisas estavam a ser feitas. Por isso, não faziam continuar na sala a perder tempo”, acrescenta Joaquim Xavier.
O sócio Samuel da Luz Duarte destaca, por seu turno, o facto de a actual direcção do Castilho estar na ilegalidade e completamente desfalcada. “Dos nove elementos da direcção, apenas dois continuam nos cargos. Estão lá a mais de dois anos pelo que, neste momento, deveriam fazer apenas a gestão corrente. Mas não é isso que acontece. Há muitas irregularidades”, diz, lembrando que a AG realizada no dia 19 deveria ter acontecido no dia 12, conforme ficou acordado em uma reunião realizada no dia 29 de Novembro. Foi uma decisão unilateral do presidente da mesa da AG marcar esta reunião magna de sócios para o dia 19, frisa.
Constânça de Pina