A Associação Regional de Desporto Adaptado de São Vicente conquistou o tri-Campeonato Nacional Paralímpico de Cabo Verde (X° CANADEP) este fim-de-semana na cidade da Praia. A ARDA-SV levou 10 atletas para competir nesta prova maior das ilhas e regressa com 20 medalhas, sendo 12 de ouro, seis de prata e dois de bronze. De quebra ainda bateu recordes no atletismo, nos 100 e 200 metros, com a atleta Heidilene Oliveira.
Estas informações foram avançadas ao Mindelinsite pelo recém-eleito presidente da ARDA-SV, Hélder Pio, e reforçadas pelo treinador da selecção paralímpica de S. Vicente, William Ramos, que detalhou a concretização dos objectivos traçados ainda antes de deixar a ilha do Porto Grande. “O campeonato nacional decorreu na pista de atletismo de Adega em Achada Grande Trás e no pavilhão gimno-desportivo Vavá Duarte. São Vicente participou com dez atletas e conquistamos 20 medalhas, terminando como vencedora da prova e tri-campeã nacional paralímpico”, enfatizou o treinador, que não tem dúvidas em afirmar que São Vicente está a dominar o desporto paralímpico no país.
“Mesmo com poucas condições, sem pista para realizar os treinos, alcançamos o nosso objectivo, que era revalidar o título conquistado no ano passado e garantir o tri-campeonato. No atletismo competimos nos 100, 200 e 1.500 metros, nas categorias T 11, T 12, T44, T4, T47 e C2. Também estivemos no arremesso e levantamento de pesos. E vencemos todas as provas em que estávamos a competir.”
Galvanizado por estas vitórias, William Ramos reivindica agora espaço nas Corridas de São Silvestre. “Queremos que o desporto adaptado também faça parte das provas de São Silvestre ainda este ano. Igualmente gostaríamos de participar nas competições que são promovidas pela Sport Mídia em Janeiro. No imediato, estas são as nossas lutas”, pontua o treinador da selecção SV.
Enquanto responsável pela comitiva, até porque a nova direcção recém-eleita da ARDA-SV ainda não foi empossada, Alcindo Lopes mostra-se satisfeito com o seu último CANADEP. “Estou muito feliz com a prestação da selecção de SV e gostaria de realçar os dois recordes batidos, que pertenciam à invisual Heidiline Oliveira e que melhorou os seus números nos 100 metros com 13,03 se e nos 200 metros com 25.78s”, refere Alindo Lopes, informando que nesta competição, devido a ausência por compromissos do seu treinador, Edilene foi acompanhada por uma atleta-guia da cidade da Praia.
Segundo Alcindo Lopes, o atleta Adilson Delgado defendeu o título conquistado do ano passado em levantamento de pesos, Hélder Pio ganhou o maior número de medalhas com duas de ouro e duas de bronze. “Destaque também para Kiky, o único invisual masculino da seleção de SV e que foi acompanhado do militar Fábio e para o atleta Valdir que participou na sua primeira competição no Special Olympics Cabo Verde, tendo conquistado uma medalha de ouro nos 1.500 metros e que deverá representar Cabo Verde em alguma competição internacional em 2023.”
Por tudo isso, Alcindo Lopes afirma que termina este seu mandado com “chave de ouro”, sobretudo tendo em conta que este ano a Associação Regional de Desporto Adaptado de S. Vicente participou com menor número de atletas e conquistou um dos maiores números de medalha.
Promovido pela Federação Cabo-verdiana de Desporto Adaptado (Fecada), sob o lema “Unidos pelo desporto pela missão inclusão”, em parceria com o Comité Paralímpico de Cabo Verde e a Special Olympics Cabo Verde contou com o X Campeonato Nacional Paralímpico contou com a participação de cerca de 100 atletas com deficiência das diferentes regiões desportivas do País.