Os atletas que vão participar na primeira etapa do mundial de kitesurf na ilha do Sal, que acontece de 25 de Fevereiro a 03 de Março, começam a chegar ao nosso país para treinar e testar as ondas da Ponta Preta, informa o gerente da Nautic Sports Eventos (NSEventos), empresa responsável pela organização deste certame em Cabo Verde. Espera-se a participação dos atletas que integram o top 32 mundial, nas categorias masculino e feminino. “No ano passado tivemos 75 inscritos, entre os melhores do mundo. E alguns já começam a chegar ao país para treinar e testar as nossas ondas”, diz José “Djo” da Silva.
O sucesso na estreia de uma etapa do mundial do kitesurf na ilha do Sal, realizada de 17 a 24 de Fevereiro de 2018, determinou a repetição deste importante evento desportivo com forte projecção internacional do país. Para se ter uma ideia, diz José da Silva, o certame foi transmitido para mais de 70 países, com uma visualização acima de nove milhões de espectadores. “Estes números fazem-nos crer que o investimento feito pelo Governo e por todos os patrocinadores que acreditaram na pertinência de tal evento e no retorno que o país alcançará a médio/longo prazo é de facto valioso e bem aplicado”, pontua.
Por tudo isso, entende o gestor da Nautic Sports Eventos que esta etapa do mundial do kitesurf teve e continuará a ter um efeito positivo e contagiante em vários domínios, nomeadamente um aumento da demanda da prática de desportos náutico que permitiu um crescimento da actividade comercial. Esta contribuiu ainda para a promoção do destino Sal, para a diversificação dos produtos turísticos e, sobretudo, para abrir oportunidades aos jovens desportistas nacionais a nível da profissionalização da prática do kite surf.
Para este ano a novidade, indica Djó da Silva, é a parceria que a sua empresa firmou com a Green Studio, que irá garantir o live streaming da etapa, através do Green Sports e nas redes sociais, a nível nacional. “A Green Studio também está a desenvolver uma aplicação que nos ajudará a melhor comunicar com os seguidores do evento sobre a programação e mais informações”, ressalva este gestor, que justifica a criação do NSE precisamente para que este e outros eventos mundiais possam também ser realizados em Cabo Verde.
“Consideramos ter um know-how que nos permite continuar a realizar eventos de sucesso, que irão decerto garantir que o nosso país seja visto por milhões de espectadores e potenciais visitantes e contribuir para a consolidação do Sal como um destino seguro e privilegiado para acolhimento de campeonatos internacionais em África”, justifica José da Silva, que é também um kitesurfer com profundo conhecimento deste desporto.
A prova vai acontecer em Ponta Preta, considerado por kitesurfers de todo mundo um dos melhores points para a pratica deste desporto. Entretanto, na falta de ondas, de acordo com José Silva, a organização já elencou pelo menos dois lugares alternativos, no caso trás de Monte Leão e/ou Costa de Fragata, mais precisamente em Kite Beach. Para além da prova “World Tour”, que conta para a classificação mundial, está previsto também a realização de um “Bic Air”, que é basicamente uma exibição para o público.
Paralelamente, a NSEventos equaciona realizar uma competição nacional de kitesurf, ainda sem data marcada. José Silva explica que a fixação de uma data para esta prova, que contará com participação de atletas das ilhas de São Vicente, Sal e Boa Vista, vai depender das ondas. “Possivelmente esta competição nacional deverá acontecer em Fevereiro, mas vamos aguardar para ver quando teremos as melhores ondas. Mas esperamos realizar uma prova porque neste momento temos bons praticantes nestas ilhas”, finaliza.
Constânça de Pina
Foto:Kitesurfing