A FIFA divulgou, na sua página oficial, uma grande reportagem onde apresenta Cabo Verde ao mundo como o caçula da Copa de 2026. Esta informa que Cabo Verde é o menor país em extensão e o segundo menos populoso a participar na maior montra do futebol mundial.
Segundo a publicação, a Copa do Mundo da FIFA conhecerá no próximo ano uma nova bandeira. Isto porque, pela primeira vez, Cabo Verde conseguiu se qualificar para o torneio desportivo mais importante do planeta. “A essa altura, você provavelmente já sabe muito sobre os feitos heróicos de Vozinha, Dailon Livramento, Roberto Lopes e cia. Mas o que você conhece sobre o novo ‘caçula’ da Copa do Mundo?”, interroga.
Em resposta, cita o slogan utilizado por Cabo Verde desde o primeiro jogo até a vitória sobre Eswuatini que garantiu a vaga para o Mundial: Dez ilhas. Uma Nação. Um Sonho. “A língua oficial de Cabo Verde é o português. No país, porém, também fala-se o crioulo, uma língua originária do arquipélago, com base no português. Com esta classificação, a Copa do Mundo pode ter três países lusófonos pela primeira vez desde 2006, quando Angola, Brasil e Portugal se qualificaram”
Revela ainda que há mais cabo-verdianos morando fora do país do que entre as dez ilhas, muitos deles, inclusive, nos Estados Unidos, uma das sedes da Copa do Mundo. “A emigração faz parte da história de vários dos jogadores de Cabo Verde, como o do zagueiro Roberto Lopes, nascido na Irlanda de pai cabo-verdiano”, pontua, realçando que parte dessa estatística é explicada também pela baixa população de Cabo Verde. “Com pouco mais de meio milhão de habitantes, o arquipélago será o segundo país menos populoso a disputar a Copa do Mundo. A liderança ainda fica com a Islândia, que foi ao Mundial de 2018, na Rússia, com uma população estimada de cerca de 400 mil pessoas.”
E termina dizendo que, apesar de nunca ter se classificado para a Copa do Mundo da FIFA até então, Cabo Verde já havia deixado a marca de sua força no futebol continental. Na Copa Africana de Nações de 2024, diz, os Tubarões Azuis fizeram uma campanha surpreendente e deixaram o torneio nas quartas-de-final sem perder um jogo. Foram três vitórias (Gana, Moçambique e Mauritânia) e dois empates (Egito e África do Sul, que eliminou Cabo Verde nos penaltis).
Até agora 22 nações garantiram vaga no próximo Mundial, que irá decorrer em simultâneo nos Estados Unidos, México e Canadá e terá pela primeira vez 48 participantes.
América do Norte, Central e Caraíbas:
1. Canadá (terceira presença, qualificado como anfitrião)
2. Estados Unidos (12.ª presença, qualificado como anfitrião)
3. México (18.ª presença, qualificado como anfitrião).
América do Sul:
1. Argentina (19.ª presença, campeã em 1978, 1986 e 2022)
2. Brasil (23.ª presença, recordista e campeão em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002)
3. Equador (5.ª presença)
4. Colômbia (6.ª presença)
5. Uruguai (15.ª presença)
6. Paraguai (8.ª presença)
África:
1. Marrocos (sétima presença)
2. Tunísia (oitava presença)
3. Egito (quarta presença)
4. Argélia (quinta presença)
5. Gana (quinta presença)
6. Cabo Verde (estreante)
Ásia:
1. Austrália (sétima presença)
2. Coreia do Sul (12.ª presença)
3. Irão (sétima presença)
4. Japão (oitava presença)
5. Jordânia (estreante)
6. Uzbequistão (estreante)
Oceania:
1. Nova Zelândia (3.ª presença)
De recordar que a CONCACAF (América do Norte, Central e Caraíbas) conta com três vagas por entregar, as vagas diretas da CONMEBOL (América do Sul) já estão todas entregues (haverá ainda uma seleção a marcar presença num play-off) e a AFC (Ásia) tem mais duas.
Por sua vez, UEFA (16 vagas) e CAF (África, nove vagas) continuam em plena fase de apuramento, com muitos ‘bilhetes’ diretos por distribuir. O continente europeu tem o maior número de vagas, seguido por África e Ásia.
