Equipas cabo-verdianas eliminadas no circuito de beach-volley, mas com performance destacada das duplas Janice/Ludmila e Christian/Admilson

As equipas cabo-verdianas foram ontem eliminadas no circuito mundial de beach-volley, mas com nota positiva das duplas Janice-Ludmila e Cristian e Admilson, actuais campeões de Cabo Verde. A nível feminino, as irmãs Varela estiveram com a vitória nas mãos no confronto com uma das equipas da Alemanha, mas, como reconhece Janice, começaram a falhar na recepção e na combinação da defesa e ataque quando estavam a vencer por 17 a 11. A formação alemã tomou as rédeas do jogo e chegou ao empate, caminhando com segurança para a vitória.

Cabo Verde deu a reviravolta no segundo set, mas perdeu o terceiro para desalento da dupla feminina nacional, que traçou como objectivo estar no pódio. “Entramos na partida para ganhar, mas acabamos por perder por detalhes. Não era esse o resultado que esperávamos, mas ficou a experiência de competir numa prova de categoria mundial”, desabafou Janice Varela, para quem foi uma pena saírem do torneio estando a jogar em casa, após perderem dois jogos com duas seleções diferentes da Alemanha. Reconheceu, no entanto, que competir num circuito mundial é outro nível de exigência.

Em masculinos, a dupla Christian e Admilson mostrou atitude na quadra, sem receio de defrontar duas equipas norte-americanas em duas partidas. Acabaram por perder perante os adversários, mas cientes da entrega em campo. “Apesar da diferença entre as nossas realidades senti que encaramos as partidas em pé de igualdade. Foram dois jogos difíceis, mas não nos demos por vencidos”, sublinha Cristian, que se mostrou ser um atleta inconformado na quadra com as falhas cometidas durante a partida. “É a minha forma de ser porque não gosto de perder.”

Para o atleta Delvino Gonçalves, que fez parceria com Ricardo Baptista, o circuito serviu como escola de aprendizagem, um palco para mostrar a diferença entre os jogadores vindos da Europa e Estados Unidos com a realidade cabo-verdiana. “Apesar de treinarmos muito, falta-nos competir com mais regularidade para ganharmos experiência e sabermos encarar estes torneios com confiança e serenidade”, considera o atleta da região de Santiago Norte, cuja equipa foi eliminada ontem pela dupla da Noruega.

Na sua perspectiva um dos factores que marcou a diferença, além da estatura física, é a visão de jogo. Delvio e Ricardo defrontaram na primeira partida a formação da Alemanha e a Noruega na segunda, tendo perdido nas duas ocasiões.

O circuito mundial foi também um campo experimental para a dupla Cláudia – Mel Nannie da região desportiva de S. Vicente. Como confessaram ao Mindelinsite não tinham a certeza se seriam inscritas na prova porque ficaram em quinto lugar no campeonato nacional.

“Sabíamos que seria difícil, mas não tão dificil como acabou por ser”, confessa Mel – Nannie. Mesmo assim, diz, deram o seu melhor perante a equipa do Japão. Segundo Cláudia, as coisas poderiam ser diferentes se tivessem feito mais treinos principalmente sob o efeito do vento de dezembro. O vento tem sido, aliás, um dos factores mais desafiadores para as duplas inscritas no torneio Beach Volley Laginha Pro Tour Futures, prova oficial da Federação Internacional de Voleibol – FIVB. A competição termina amanhã, domingo.

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