A dupla Nuno Leite e Hugo Almeida está a preparar uma lista para assumir no próximo ano a gestão do clube Amarante. As eleições deverão acontecer em Fevereiro, pelo que neste momento Leite e Almeida procuram aprimorar um projecto ousado e realista capaz de conquistar os votos da maioria dos sócios.
Segundo Hugo Almeida, há alguns anos que ele e o colega de luta têm falado sobre a possibilidade de tomarem as rédeas do clube e este parece ser o momento ideal. “Há vários factores a conjugar neste sentido. Desde já o facto de o Nuno estar a residir neste momento em S. Vicente e de eu próprio estar mais presente também na ilha, depois de passar muitos anos noutras partes do país. Estamos convencidos que temos experiência, maturidade e capacidade suficiente para assumir esse desafio, que não será nada fácil”, frisa Hugo Almeida.
Este lembra que o Amarante está na segunda divisão, o que, para ele, não é bom sinal para um clube com tanto histórico. Logo, uma das primeiras metas após a eleição será colocar a equipa no grupo dos oito, na divisão principal. Atingido esse patamar, prossegue, o passo seguinte será competir para os lugares cimeiros do campeonato regional, com os olhos postos no título. Como reconhece, a meta é ambiciosa e difícil, mas acredita que estará ao alcance da nova direcção, se for eleita.
A intenção de Nuno Leite e Hugo Almeira, que pretendem concorrer para os cargos de presidente e vice-presidente da direcção, é incutir uma gestão tipo empresarial no Amarante. O plano é aproveitar o património construído – como uma residencial e um polivalente – para conseguir recursos financeiros que serão aplicados fundamentalmente na equipa de futebol. Como Almeida relembra, hoje em dia o futebol deixou de ser totalmente amador, pelo que é preciso investimento nos atletas e constituir o melhor plantel.
O que motiva Nuno Leite e Hugo Almeida é a paixão e o respeito pelo Amarante, conforme o segundo. Almeida relembra que Nuno foi jogador e presidente do clube. No entanto, foi obrigado a deixar o cargo por motivos profissionais e sente que tem uma dívida a pagar. Por seu lado, apesar de nunca ter vestido a camisola desse emblema, o seu pai Manel d’Djinha e o irmão Nuno Almeida tiveram papéis activos no Amarante. Além disso, frisa Hugo Almeida, há todo um respeito pelo trabalho desenvolvido pelos fundadores, entre os quais Evandro Matos, que precisa ser valorizado e levado a novos patamares.
KzB