Corrida de S. Silvestre mais rápida e com recorde de atletas em S. Vicente

A corrida de S. Silvestre terminou esta tardinha no complexo desportivo do Lazareto com o triunfo de Artur Silva, na categoria sénior, Ailton Andrade, nos veteranos masculinos, Crisolita, sénior feminino, e Aicha Santos, na prova juvenil feminino. Este ano, o percurso saiu do circuito tradicional, mas, para agrado da organização, houve mais participantes (87) e os atletas tiveram um melhor desempenho. Isto porque, segundo Arlindo Fonseca, presidente da Associação de Atletismo de S. Vicente, os concorrentes correram praticamente em rectas e beneficiaram ainda da inclinação das vias.

O jovem Artur Silva foi o primeiro a cruzar a meta, no Lazareto, 26 minutos e 34 segundos depois de zarpar do ponto de partida na praia da Lajinha. O atleta, que competiu na categoria sénior, a mais exigente e rápida, mostrou-se satisfeito com o seu desempenho porque, diz, passou por algumas dificuldades, mas conseguiu retomar a estrada com a ajuda de muita gente. “O percurso foi leve. Sempre gostei de rectas, nunca gostei de subidas”, confessa Artur, que dedicou o prémio a todos aqueles que acreditaram na sua pessoa, em especial a sua mãe.  

Ailton Andrade, veteranos

 Nos veteranos, Ailton Andrade, 41 anos, conseguiu o segundo titulo no espaço de uma semana. Depois de ganhar a corrida na cidade da Praia, repetiu a proeza em S. Vicente, sua ilha natal. Para ele, a sua vitória foi “justa” pela dedicação ao treino. “Esta é a melhor forma de fechar o ano”, considerou o corredor, que dedicou o prémio ao amigo Boca, que faleceu num acidente de viação este ano.

A mesma proeza alcançou a atleta Crisolita, 44 anos. Depois de vencer a prova na cidade da Praia, na categoria das veteranas, foi mais rápida que as adversárias em S. Vicente. Habituada a correr para vencer, Crisolita inscreveu-se no escalão sénior e sente que ainda tem forças para competir por mais alguns anos.

Crisolina, sénior feminino

Foi uma surpresa para Aicha Santos, 18 anos, ganhar a prova no escalão juvenil feminino. A jovem confessa que sentiu muitas dificuldades em cruzar a meta e que chegou mesmo a parar. “Foi uma surpresa porque não corria faz um certo tempo. Além disso fiquei preocupada com as minhas adversárias e cheguei a parar”, explica a corredora.

Aicha Santos, juvenil

No final da corrida, Arlindo Fonseca não escondeu a sua satisfação tanto pela qualidade da prova como pela presença do público. “Tivemos que mudar o percurso de dentro da cidade para o Lazareto devido a pandemia, mas o povo de S. Vicente gosta tanto desta corrida que vieram. Se a meta fosse na Praia Grande certamente que também iriam assistir”, comenta o responsável da AASV.

Arlindo Fonseca, Associacao de Atletismo de S. Vicente

Apesar das dificuldades enfrentadas este ano, o número de participantes bateu o recorde, com 87 inscritos nas três categorias. Além disso, o tempo que os competidores levaram a percorrer os 9.200 metros (sénior masculino e feminino) e 4.800 metros (juvenil feminino) deixou a organização satisfeita. Agora, segundo Fonseca, é esquecer 2020 e trabalhar em 2021 para que a modalidade continue a trilhar a sua estrada.

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