A comitiva de São Vicente que disputou o XI° Campeonato Nacional do Desporto Paralímpico, Canadep’2023, realizado na Praia nos dia 13 a 15, chega hoje à ilha de São Vicente. Na bagagem, os tetra-campeões trazem 20 medalhas, sendo oito de ouro, oito de prata e quatro de bronze. O presidente da Associação Regional do Desporto Adaptado mostra-se satisfeito com mais esta conquista, sobretudo tendo em conta as dificuldades e a falta de apoio para estarem nessa prova.
São Vicente levou 15 atletas para Santiago, que competiram nas provas de velocidade, resistência, arremesso de peso, misto de basquetebol em cadeira de roda e voleibol sentado. Ganharam 20 medalhas: oito foram de ouro, oito de prata e quatro de bronze. “Vencemos Santiago Sul na final do voleibol sentado e fomos o primeiro classificado no atletismo, 100 metros. Somando todas as nossas vitórias, somos campeões da edição 2023 do CANADEP. Somos tetra-campeões”, informou Helder Pio.
Este resultado deixa o presidente da Associação Regional de Desporto Adaptado feliz. Pio lamenta, no entanto, as dificuldades que tiveram de enfrentar para estarem nesta competição nacional. “Infelizmente, foi muito difícil para nós estarmos presentes no Canadep. Conseguimos alguns apoios, sobretudo a título individual, para custear a nossa deslocação. Mas não tivemos nenhum apoio da Câmara Municipal de São Vicente ou de outras instituições e empresas, o que nos deixa tristes porque temos tido boas prestações e muitas conquistas.”
Como forma de reconhecimento pelo tetra-campeonato, Hélder Pio diz esperar uma boa recepção aos atletas, que chegam esta quarta-feira a São Vicente. “Os atletas embarcaram na terça-feira no Porto da Praia e chegam hoje por volta das 12 horas à ilha de São Vicente. Gostaríamos de ter uma boa recepção como forma de reconhecimento pela excelente prestação dos nossos atletas”.
O XI Campeonato Nacional Paralímpico contou com cerca de 100 atletas com deficiência das diferentes regiões desportivas de Cabo Verde. Disputado em parceria com o Comité Olímpico Cabo-verdiano, contou com as modalidades de atletismo (100, 200, 400 e 800 metros), arremesso e levantamento de peso, corrida de cadeirantes e uma prova lúdica de voleibol sentado.
Paralelamente, foram realizados workshops, acções de formação sobre a problemática da inclusão, saúde, bem-estar e doping. De referir que um dos principais objectivos desta prova é o intercâmbio desportivo entre os atletas com deficiência, como meio de inclusão na sociedade, e selecionar os atletas que vão representar o país nas próximas competições internacionais.