Cabo Verde, o país mais pequeno no Mundial de Basquetebol, premiado pela FIBA à margem de congresso nas Filipinas

O basquetebol cabo-verdiano está a registar um momento épico despoletado pela inédita qualificação do combinado masculino para o campeonato mundial. O sucesso de Cabo Verde foi reconhecido formalmente pela FIBA à margem do XXII Congresso da Federação Internacional de Basquetebol, evento que decorre nas Filipinas nos dias 23 e 24 e reúne 160 membros da organização.

O país foi galardoado ontem com o terceiro lugar na categoria de maior progresso no ranking da FIBA, logo a seguir a Sudão do Sul e Guiné-Conacri, que ocuparam a segunda e primeira posição. A distinção deve-se ao facto de a seleção cabo-verdiana ter subido 36 posições no ranking internacional, ocupando agora o 64º lugar com 154.3 pontos na tabela mundial e 8º em África, conforme a atualização feita após as eliminatórias do Campeonato do Mundo da FIBA de 2023 – janela de fevereiro de 2023.

Durante a entrega do prémio ao presidente Mário Correia, segundo a FCBB, a FIBA enalteceu o feito de Cabo Verde ser a nação mais pequena que irá participar no Mundial. Deste modo, o arquipélago atlântico bateu o recorde anteriormente estabelecido por Montenegro na Copa do Mundo de 2019.

Este facto foi também destacado pelo jornal espanhol Marca, que publicou ontem uma reportagem com o título “El milagro de Tavares e sus colegas: el país más pequeño en la historia de los mundiales”. O jornal electónico frisa que Cabo Verde, que tem uma população inferior à da província de Jaén e uma área que não chega a de Las Palmas, irá converter-se no próximo sábado no país mais pequeno que jamais competiu na Copa do Mundo de Basquetebol. Frisa a notícia que o arquipélago composto por 10 ilhas não atinge 600 mil habitantes e tem uma expressiva percentagem dos cidadãos espalhados pelo mundo. Acentua que a qualificação para o Mundial é um desses “milagres” que o basquetebol oferece.

Em conversa com Marca, o pivot Walter “Edy” Tavares, que joga em Espanha, salientou que estar no Mundial é das coisas mais grandes que Cabo Verde pode fazer. E ser um dos países mais pequenos na prova é uma motivação extra.

O “gigante maiense” é a principal arma da seleção das ilhas, ele que integra o Top30 das estrelas a serem seguidas no Mundial, conforme ranking divulgado pela FIBA. A competição acontece de 25 de agosto a 10 de setembro no Japão, Indonésia e Filipinas. Integrado no grupo F, Cabo Verde faz a sua estreia inédita no sábado, dia 26, ante a seleção da Geórgia, na Okinawa Arena, no Japão. Depois defronta no dia 28 o combinado da Venezuela e encerra a fase de grupos contra a Eslovénia.

No XXII Congresso da FIBA foram eleitos ​os novos membros do Conselho Central, tendo o Xeque Saud Ali Al Thani sido escolhido para presidir a organização durante o período 2023-2027.

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