O Ministério da Saúde e da Segurança Social, através do DNS, aproveitou a conferencia de imprensa de hoje para fazer três chamadas de atenção, sendo o primeiro um forte apelo à confiança nas autoridades sanitárias do país, particularmente nos dados que são apresentados diariamente.
De acordo com Artur Correia, estes dados são apresentados nas conferências de imprensa, nos comunicados e no site Covid-19. Estão online e disponíveis para consulta dos cabo-verdianos e não só. Lembra que é o MSSS quem tem as informações mais fiáveis. “Somos nos que fazemos os diagnósticos, tratamos e, de forma transparente, publicados esses dados. Não há outros dados, a não ser os que produzimos e partilhamos com os cabo-verdianos, residentes e não residentes”, pontuou.
O segundo aspecto destacado pelo DNS foi uma “justa homenagem” a todos os profissionais de saúde de Cabo Verde e também aos bombeiros profissionais. São eles que diariamente enfrentam riscos nos contactos que têm com pacientes de covid-19 para garantir toda segurança sanitária às pessoas que fazem o transporte, o tratamento e o seguimento dos doentes.
Outro ponto e que, segundo Artur Correia, vem afirmando exaustivamente em quase todas as conferencias de imprensa é que a covid-19 é real, está em Cabo Verde e já provocou mais de duas dezenas de mortes. “É algo real e exige à todos nós maiores responsabilidades no nosso comportamento e na nossa maneira de enfrentar esta pandemia para que possamos continuar a gerir da melhor forma a covid-19 no país”, apelou.
Relativamente à propagação da doença no concelho da Praia, particularmente na Cadeia de S. Maurinho, este admitiu pela primeira vez que há 9 pessoas contaminada naquele estabelecimento prisional.
“Temos quatro doentes que se infectaram a nível hospitalar, dos quais dois continuam internados e dois regressaram a Cadeia de S. Martinho. Estes dois doentes não tiveram contacto com outros reclusos, mas com profissionais da cadeia. Mais quatro pessoas ficaram infectados, incluindo mais um caso positivo diagnosticado em um recluso, que está isolado.”
Perante este cenário, o DNS assumiu que o risco de propagar na instituição é enorme neste momento. Por isso mesmo, segundo Correia as cadeias, em todo o mundo, dispõem de planos de contingência para mitigar ou minimizar este risco, mas as vezes não é possível elimina-lo totalmente.