Covid-19 impõe isolamento parcial no quartel Justino Lopes, na Praia

O quartel Justino Lopes em Achada Mato, na cidade da Praia, está desde sexta-feira em “isolamento parcial”, com a adopção de um conjunto de medidas restritivas por forma a controlar a propagação do vírus da Covid-19. A informação foi confirmada ao Mindelinsite pelo Comandante da 3ª Região Militar, Silvino Chantre, que justifica essa medida com “a situação alarmante da pandemia no país, particularmente na Capital”.

Inicialmente, a informação chegada à redação deste diário digital era de que o Estado-Maior das Forças Armadas tinha decretado quarentena por 15 dias no quartel Justino Lopes e que os soldados e cabos teriam de permanecer na unidade. A nossa fonte garantiu ainda que, enquanto isso, o efectivo de graduados presentes no espaço teria sido reduzido em 50 por cento. Tudo porque quatro praças terão testado positivo para Covid-19.

Confrontado com estas informações, Silvino Chantre frisou que foram tomadas algumas medidas restritivas no referido quartel apenas para “controlar” a propagação da doença. Este deixa claro que essas decisões não têm a ver com o número de casos positivos registados no quartel. “Temos apenas 2 casos positivos que se encontram na Policlínica. Com estas medidas queremos evitar a circulação. Por isso é que disse que estamos em isolamento parcial no quartel para que os militares possam estar melhor preparados para quando forem chamados para dar apoio à população.”

Para além da limitação do movimento de pessoas dentro de espaço, os praças estão todos aquartelados, isto é, neste momento não podem sair do quartel para ir para casa. “Reduzimos as instruções apenas para o necessário por forma a evitar o contacto e a aglomeração. E as instruções estão a ser feitas por unidade. O mesmo acontece com as refeições. Também estamos a fazer controlo na entrada do quartel, com medição de temperatura e higienização das mãos e de qualquer produto alimentício que entre na unidade”, acrescenta.

Estas medidas entraram em vigor desde a passada sexta-feira e não têm um prazo fixo para serem suspensas. Segundo Silvino Chantre, isso vai depender da evolução do quadro epidemiológico no país e na Praia em particular. “Volto a repetir, adoptamos estas medidas de contenção devido ao número de casos positivos que se tem verificado a nível nacional”, refere o comandante da 3ª Região Militar, na prática o responsável por estas medidas protetivas.

“É uma medida cautelar que está a vigorar apenas no quartel Justino Lopes, que é a principal unidade de apoio ao Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, Polícia Nacional Inspecção-Geral de Actividades Económicas e Entidade Reguladora Independente da Saúde, no combate à pandemia da Covid-19 dentro da nossa área de jurisdição, no caso Santiago, Maio, Fogo e Brava”, completa, lembrando que recentemente as Forças Armadas estiveram na ilha do Vulcão. “Queremos estar aptos para dar apoio à autoridade sanitária”, conclui.

Foto: Ilustração

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