Covid19: Mais de 60 mil pessoas já receberam pelo menos uma dose de vacina em Cabo Verde

Mais de 60 mil pessoas já receberam a primeira dose de uma das vacinas disponíveis em Cabo Verde, representando cerca de 60% da população adulta elegível, informou o Director Nacional da Saúde. Jorge Noel Barreto frisou sobretudo a faixa etária de 60 ou mais anos, grupo onde tem ocorrido a maior parte dos óbitos no país, em que 26324 pessoas já estão vacinadas com pelo menos uma dose, número que representa 52,5% do previsto no Plano de Vacinação e também da população deste grupo etário.

Em relação à pessoas com doenças crónicas, frisou, os dados também são “muito animadores”, mas é preciso melhorar um pouco mais, instiga. “Temos neste momento 6523 pessoas que já receberam uma dose de vacina, representando 26,6% do previsto. Lembramos também que há muita gente com 60 ou mais anos que também tem doenças crónicas e que já foi contemplado na sua faixa etária. Quanto às polícias, temos 1328 vacinados (28% do previsto), 770 militares (30,8%), 3306 professores (16,5%) e 2899 profissionais de turismo (25,7%). No conjunto, pouco mais de 60 mil pessoas já receberam pelo menos 1 dose das vacinas, representando 16% da população adulta elegível”, detalha.

Apesar de baixa, Jorge Noel Barreto afirma que esta percentagem é “muito animadora” e, com a velocidade da vacinação está a ser administrada nas ilhas, espera atingir em breve os 20%. Aproveitou para pedir as pessoas com mais de 40 anos para se inscreverem para depois serem contactadas, utilizando a linha gratuita 8002008 ou através do formulário disponibilizado no site www.covi-19.cv. Aos inscritos que ainda não foram chamados, pediu para se dirigirem a um centro ou delegacia de saúde da sua área de residência para pedirem esclarecimento.

Redução do intervalo de 3 para dois meses

Outra boa notícia avançada pelo DNS é que, seguindo orientações técnicas, o Ministério da Saúde e da Segurança Social decidiu reduzir o intervalo entre a toma das duas doses da vacina da AstraZeneca de três para dois meses. “Estávamos a recomendar um período de intervalo de três meses, mas, considerando a circulação de variantes de preocupação a nível internacional, sobretudo a variante Delta que tem causado piora da situação epidemiológica em vários países, recebemos orientações técnicas para reduzir o intervalo da segunda dose.”

Perante este novo cenário, Barreto apela às pessoas que já receberam a primeira dose para terem atenção a data no cartão. Se já completaram dois meses da toma da 1ª dose, afirma, devem contactar os serviços de saúde para que seja agendada a segunda o mais breve possível.

“Respeitando o intervalo mínimo entre as doses, será menor a probabilidade de propagação de novas variantes do vírus no seio da nossa população”, declara, aproveitando para apelar as pessoas para aderirem a campanha de vacinação, nesta altura uma das principais ferramentas para evitar ou mitigar novas ondas de contágio, e também para continuarem a respeitar as regras de prevenção.

Realçou ainda que a vacinação da população está a ser observada a nível internacional, principalmente em relação a retoma das actividades económicas, viagens e turismo, numa altura em que se regista no país uma melhoria da situação epidemiológica. Isso, não obstante a taxa de incidência acumulada esteja acima dos 50 por 100 mil habitantes e a taxa de positividade seja superior aos 5%. Para este infectologista, em breve a vacinação vai ser uma imposição para viajar entre os países, preferencialmente com as duas doses, dependente da vacina utilizada.

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