Covid-19: São Vicente sem casos activos, Fogo entra para a estatística

S. Vicente continua sem casos activos de infecção pelo novo coronavírus, informou o director Nacional de Saúde no dia em que o concelho dos Mosteiros entra para a estatística com casos positivos. Artur Correia indicou ainda que foram confirmados hoje 24 casos novos e 1 óbito. 

Perto de completar cinco meses do diagnostico do primeiro caso positivo de covid-19 em Cabo Verde, existem casos activos neste momento apenas em três ilhas: Santiago, Sal e Fogo, mais precisamente no concelho dos Mosteiros. São duas mulheres entre 40 e 65 anos que, segundo as autoridades de saúde, estão internadas no hospital Francisco de Assis há cerca de oito dias, com um quadro clinico estável.

Todas os restantes concelhos e ilhas, incluindo S. Vicente, estão sem casos activos. “Posso dizer é que temos neste momento 829 casos activos em Cabo Verde e 2336 doentes receberam alta”, frisou Correia, realçando que, em termos de balanço, nas últimas sete semanas o país tem tido uma media de 263 casos semanais, com um mínimo de 197 e um máximo de 291. 

O concelho da Praia, prossegue, continua a ser o principal foco de transmissão da doença. Aliás, a prova disso é que dos 24 casos confirmados esta segunda-feira, 21 foram na capital, 2 nos Mosteiros e 1 em S. Domingos. Hoje 19 pessoas receberam alta e há a lamentar um óbito, pelo que o DNS aproveitou para endereçar condolências à família da vitima. 

Um total de 12 pessoas estão internadas, dos quais 7 no Hospital Agostinho Neto. Destes 3 precisam de cuidados especiais. Estão ainda internados no Hospital Santa Rita Vieira 3 doentes e 2 no São Francisco de Assis. “Estão internadas 829 pessoas, dos quais 260 estão em internamento domiciliar. No Sal, os 42 doentes estão em domicílio”, revelou Correia, numa altura em que já foram realizados 45 mil testes rápidos e mais de 28 mil PCR.

Sobre este particular, o DNS destacou o aumento do numero de testes realizados de 1500 para 2300 nas últimas cinco semanas, lembrando que se está perante uma doença que tem uma regra universal: 80% dos doentes são assintomáticos, 15% necessitam de algum cuidado e 5% demandam cuidados especializados. E é nestes 5% que podem ocorrer óbitos. 

Mais uma vez o DNS admitiu que apenas se conhece a ponta do icebergue, isto é, está-se a diagnosticar no país num universo de 20%. “Acredito que existem quatro vezes mais casos nas comunidades. A grande maioria dos casos não estão a ser diagnosticados. Significa que se fizermos mais testes vamos encontrar mais casos de infecção pelo novo coronavírus”, conclui. 

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