Covid-19: Governo vai manter estado de calamidade e abranger a ilha Brava

O Governo vai manter o estado de calamidade em todo o país e abranger, agora, a ilha Brava devido ao aumento dos casos de Covid-19. Conforme o Expressodasilhas, na resolução publicada no Boletim Oficial, o Executivo “considera o Governo que as razões de fundo que haviam levado a que se decretasse a situação de calamidade nas ilhas de Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal, Boa Vista, Maio, Santiago e Fogo ainda se mantêm, pelo que entende dever prorrogar este quadro, por forma a que se garanta a manutenção das medidas de prevenção e contenção” da COVID-19 no país. Desta feita, Brava, que contabiliza neste momento 50 activos e um óbito, passa também a estar sujeita a essa medida restritiva.

As medidas de contingência para este novo período de calamidade serão anunciadas amanhã pelo Primeiro-ministro em conferência de imprensa, que estará acompanhado do Director Nacional da Saúde e do ministro da Administração Interna. A três dias do término do actual estado de calamidade – que implicou restrições no horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, lotação em actividades culturais e política e proibição de festas de natureza pública – o Governo sente-se na necessidade de prorrogar essa decisão para minimizar os riscos de transmissão do vírus, bem como salvaguardar a capacidade de resposta do sistema de saúde. Aliás, o IGAE chegou a defender a continuidade do estado de calamidade, quando começa a haver sinais de um abrandamento, embora ligeiro, das infeções.

Recorde-se que houve uma explosão de casos de Covid-19 em Cabo Verde durante e logo após as campanhas eleitorais, o que levou muita gente a temer o regresso ao estado de emergência. O próprio Governo admitiu que chegou a ponderar esse cenário, mas optou por declarar o estado de calamidade no dia 30 de abril pelo período de um mês. De se recordar também que o IGAE pediu a prorrogação do estado de calamidade numa altura em que Cabo Verde lida com um total de 1.749 activos e regista-se uma ligeira tendência de abrandamento do nível de contaminação.

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