Professores de São Vicente dão aula sobre civilizações antigas

Cerca de 300 professores dos diversos níveis de ensino, mas também alguns funcionários públicos, deram uma “aula” sobre as civilizações antigas, no segundo dia do Carnaval de São Vicente. Ao som da música “Mindelo, nôs império de fantasias”, os professores trouxeram trajes luxuosos e muitos adereços confeccionados, como já é tradição, com materiais reciclados.

Nesta que é a sua 9ª presença consecutiva no Carnaval de São Vicente, os professores foram beber nas civilizações antigas. “Mostramos o de sempre, ou seja, que é possível fazer bom, bonito e barato, com recurso a reciclagem. Pegamos tudo, desde sacos de batatas e cebola, tampas de garrafas e de latas, sacos de vinho, papeis diversos e confeccionados os nossos trajes”, explica Filó Pereira, coordenador do grupo carnavalesco dos professores.

A história das civilizações antigas – egípcia, asteca, grega, romana, indiana, chinesa, moura (muçulmanos), zulú e bantu – foi contada em dez alas. “Quisemos relembrar nos nossos trajes a arte e a riqueza presente nas roupas utilizadas nessas civilizações. É por isso, por exemplo, que a nossa ala sobre Índia traz muito ouro nas roupas, mas também nos adereços”, acrescenta.

A enriquecer ainda mais este desfile, que mais uma vez surpreendeu pela criatividade, os professores trouxeram um carro alegórico em forma de uma concha que representa a espiral das civilizações, desde os tempos antigos até agora. Dançaram ao som de “Mindelo, nôs império de fantasias”, cuja letra é da autoria de Rosário Silva, com arranjos de Vicente Neves.

Inicialmente, o grupo era formado apenas por professores. Mas, desde o seu primeiro desfile, conquistou os mindelenses e hoje são muitas as pessoas, sobretudo funcionários públicos, que integram este corso de docentes.

De referir que, para além dos professores, desfilaram na tarde de hoje, Delegacia de Saúde, Mascrinha Tradicional, Grupo Coceira, CJAP, Trio Carnaval. Logo mais à noite, a partir das 20h30, as ruas de Moradas serão invadidas pelo Vindos do Oriente, com o seu “assalto organização”.

Constânça de Pina

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