Indivíduo executado com vários tiros em Chã de Cemitério

Um indivíduo identificado como Helder Gomes, mais conhecido por Cabeça, foi executado com cerca de cinco tiros na noite de quarta-feira em São Vicente, dentro da sua viatura, nas proximidades da sua residência em Chã de Cemitério. Este atentado acontece após um outro ocorrido em janeiro, que vitimou mortalmente Ismael Neves, primo de Cabeça e que exercia a função de Director Técnico da ITAC. Nesse outro crime, Cabeça foi atingido com um disparo na anca, enquanto a sua esposa ficou ferida numa mão, mas consta que ninguém foi ainda detido. 

De acordo com informações apuradas por este diário digital, o crime ocorreu passava das 21 horas, quando vizinhos ouviram “rajadas” de tiros. Destes, pelo menos cinco terão atingido Cabeça, que faleceu no local. As autoridades não confirmam a quantidade de projécteis que acertaram o alvo, limitando-se a informar que terão de aguardar pela autópsia para avançar qualquer informação sobre este ataque registado 109 dias após um primeiro em que o malogrado saiu com ferimento de bala.   

No primeiro caso, menos sorte teve Ismael Neves, que morreu quase que no mesmo local, tendo em conta que moravam no mesmo edifício. Desta vez, a intenção foi claramente de assassinar Cabeça, de acordo com um familiar. “Pelo que eu soube, foram disparados mais de 10 tiros e, destes, cinco terão acertado Cabeça. É uma situação muito triste porque ele deixa dois filhos menores. Aliás, os familiares estão em choque e sem condições de falar qualquer coisa”. 

Ao que conseguimos apurar, Cabeça seguia na sua viatura, um Kia Sportage vermelho, quando foi emboscado. Não teve qualquer hipótese, tendo falecido no local. O cenário deste crime é similar ao anterior, ou seja, ocorreu na zona de Chã de Cemitério, muito perto da residência da vítima.

Não há e nunca houve informações por parte das autoridades sobre o primeiro atentado. No entanto, fontes deste jornal garantem que foi confirmada a autoria dos disparos, um indivíduo que conseguiu fugir para o exterior. Sabe-se que o suspeito viajou para um país que tem acordo de extradição com Cabo Verde, pelo que pode ser reenviado ou julgado à revelia, tendo em conta que tem dupla nacionalidade. Neste caso, se condenado, poderá cumprir pena num estabelecimento prisional daquele país.

Quanto ao episódio da noite desta quarta-feira, de acordo com as autoridades, é prematuro avançar qualquer informação à imprensa. 

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